Eu aproveito e corro pra academia pra ganhar tempo (e perder peso hehe). Ontem quando eu estava a caminho, como sempre faço, comecei a recitar Dt 6:4-9. Faço como regra de fé, para me lembrar quem D’us é e quem eu sou.
Mas quando comecei
a recitar os versos me dei conta de um “som” peculiar que sempre esteve lá, o
sufixo “ráh” (eu recito em hebraico hehehe) e este sufixo é o pronome
possessivo “teu” no fim de algumas palavras. Este tal de “teu” na regra culta serve
para relacionar objetos que pertencem à pessoa que ouve a oração, ou seja, nos
versos o Profeta Moisés, que era o cara que falava cara a cara com o Cara lá de
cima (não tenho pacto, não canto Ilariê e nem sou loiro, tá galera) está falando pra gente
em uma exclusividade impactante.
“Amarás, pois, o
Senhor TEU D’us de todo o TEU coração,
e de toda a TUA alma,
e com toda a TUA força.
Parei para
pensar por qual motivo Moisés deu tanta ênfase, e a resposta é bem simples: Não
ter possibilidade de esquecer quem D’us é... Um D'us exclusivo! Para que onde olhássemos, em
que pensássemos e por onde fossemos Ele estivesse implícito e arraigado em nós, através de seus mandamentos, que ele nos ama.
Quando a gente
pensa em D’us, pra maioria das pessoas, o primeiro sinônimo que vem à nossa
mente é Pai. É ai que está o segredo e o espírito da coisa toda. Um pai de
verdade nunca nos pede para fazer algo que não consigamos fazer, se o faz não
pode ser considerado pai, mas um tirano. Aquele que não ama não pode cobrar a
reciproca. Moisés está deixando claro que: “Cara, D’us te ama tanto, mas tanto
que vou te ensinar a forma de retribuir...”. Moisés queria mostrar ao povo que
D’us já tinha feito a parte dele e agora a bola da vez era deles.
Então pensei em um relacionamento de Pai e filha, como ser o melhor pai
do mundo para que o que eu vier a fazer, ela saiba “meu pai
me ama”? É simples!... Amá-la. Assim ela saberá que meu coração, minha alma e
minha força estarão focados em um único objetivo. Ela saberá que meu amor não
será maior ao protegê-la do perigo á repreendê-la por algo muito errado, quando
eu disser “NÃO!” para um pedido suplicante ou chorar com ela por ter feito uma
grande burrada na vida ao invés de julgá-la. O resultado disso será uma reciproca
de amor verdadeiro, incondicional e total expresso em um relacionamento
inabalável. Uma certeza para vida toda, mesmo quando eu estiver longe ou se a velhice
for muito sacana e me fazer esquecê-la.
Continua...
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